Um dos efeitos da solteirice em estágio mais avançado, pasmem, é a total inabilidade para presentear os filhos dos amigos. Cada vez que recebo um convite por e-mail, Messenger ou WhatsApp, sinto uma enorme responsabilidade. Isso porque só dou livros de aniversário. E nem sempre são infantis.
Confesso que nem sempre acerto. Acho natural. A arte de escolher um livro se assemelha ao ato de compreendê-lo. Às vezes, simplesmente, não estão prontos. Ou não aprenderam a ler, ou não viveram o suficiente. Claro que apelo ao irmão mais velho ou aos pais a missão de contador de histórias. Voltaremos a este ponto mais a frente, porém, é nas palavras o lugar mais seguro para se reencontrar.
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